quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lixo Urbano x Solução Inteligente

Lixo Urbano x Solução Inteligente



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Classificando a produção de Lixo:

Hoje produzimos lixo domiciliar, comercial, serviços de saúde e hospitalares, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, industriais, agrícolas e entulhos. Em cada residência brasileira segundo o site http://intra.vila.com.br, se produz em média quinhentos gramas de lixo por dia, e dependendo do lugar onde mora e seu poder aquisitivo, pode chegar a mais de um quilo. Sua composição média é de vinte e cinco por cento de papel, quatro por cento de metal, três por cento de vidro, três por cento de plástico e sessenta e cinco por cento de matéria orgânica. O lixo originado dos diversos estabelecimentos comercias tem um forte componente de papel, plásticos, embalagens diversas, e resíduos de asseio dos funcionários, tais como, papéis toalha, papel higiênico. Há também os gerados através de limpeza pública urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, de galerias, de córregos e de terrenos, restos de podas de árvores etc.; de limpeza de áreas de feiras livres, constituídos por restos vegetais diversos, embalagens, os industriais que algumas vezes são tóxicos entre outros. Todo esse lixo gerado tem um destino não adequado. O lixo coletado no país, segundo este mesmo site, fica 76% a céu aberto, ou seja, 182400 toneladas que é coletado por dia. O restante vai para aterros (controlados, 13%; ou sanitários, 10%), usinas de compostagem (0,9%), incineradores (0,1%) e uma insignificante parte é recuperada em centrais de reciclagem. Estima-se que o Brasil perca, por ano, bilhões, ao não reaproveitar o lixo que produz. Além de que 40% dos municípios não recebem nenhum serviço de coleta de lixo. 40 mil toneladas de lixo ficam sem coleta diariamente. A coleta seletiva é praticada em pouco mais de 80 municípios brasileiros, basicamente nas regiões Sul e Sudeste do país. O motivo disso é que na idéia de nossos governantes reciclar é quinze vezes mais caro que jogar lixo em aterros, não percebem que através do lixo podemos tirar muito proveito e alem de manter nosso país mais limpo e saudável. Exemplo disso é um bairro Japonês localizado na cidade de Tókio, em que 100% do lixo é aproveitado. O bairro mais moderno de Tóquio que fica em uma ilha artificial, aterrada e construída, em grande parte com lixo, onde ergueram hotéis, shopping centers, sedes de grandes empresas, roda gigante e uma réplica da Estátua da Liberdade. Odaiba é um exemplo de convivência com o lixo: praticamente 100% são reaproveitados e é como os japoneses esperam, que seja o futuro: eficiente e limpo. O Todo o lixo orgânico segue automaticamente para uma usina. Tubos trazem o lixo para a usina. São cinco tubos, vindos das cinco regiões do bairro. São como gigantescos aspiradores de pó, sugando o lixo diretamente para a usina. Lá dentro, toneladas de lixo são despejadas a cada minuto. Uma gigantesca garra mecânica, controlada por um comando parecido com o de videogame, recolhe tudo e joga na fornalha. O calor gera eletricidade. Tudo funciona automaticamente. Os engenheiros ficam só de olho para o caso de alguma pane. Nenhum grão de sujeira é desperdiçado. As cinzas que sobram dessa queima são reaproveitadas, por exemplo, para pavimentar as ruas. A energia produzida a partir do lixo abastece até 10 mil residências. E um dos clientes é um ginásio de esportes que, para combinar com o estilo do bairro, se parece com uma nave espacial. As piscinas do centro esportivo são usadas pelos moradores do bairro, que pagam uma taxa baixa – R$ 6 – para nadar por duas horas aqui. A água é mantida sempre a 30º. Graças à energia vinda da usina de lixo, ninguém precisa passar frio. Os moradores aproveitam os benefícios de viver em um bairro que é um dos mais limpos do mundo. O resto do Japão não chega a ser assim, mas também não é muito diferente. No Japão as regras de separação de lixo variam de bairro para bairro. Alguns multam os que não obedecem. Mas o que faz os japoneses tão cuidadosos é a educação: eles começaram a separar o lixo há 500 anos, é uma tradição aprendida na escola e com a família. Com certeza é algo bem trabalhoso mas se cada um faz sua parte a cidade ganha e assim podemos viver em cidades que raramente alagam em dias de chuva e ter ruas sempre limpas.

Video : Jornal Bom dia Brasil

Texto: Graziela Beltrame

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