quinta-feira, 6 de maio de 2010

Construções Sustentáveis

O mundo, atualmente, produz em média 400 milhões de toneladas de lixo anualmente, sendo que cada habitante é responsável pela produção aproximada de 1 quilo desse lixo por dia.

O Brasil, apesar de ser considerado um grande reciclador de alumínio, ainda não reaproveita adequadamente materiais como: vidro, latas, pneus, plástico. Menos da metade da produção de papel ondulado (papelão) em nosso país é reciclado, o restante é jogado fora ou queimado – poluição. Abaixo podemos ver uma percentagem de lixos produzidos nas grandes cidades do Brasil:
• 39%: papel e papelão;
• 16%: metais ferrosos;
• 15%: vidro;
• 8%: rejeito;
• 7%: plástico filme;
• 2%: embalagens longa vida;
• 1%: alumínio.

Muitos destes materiais levam décadas para se decomporem, como podemos ver a seguir:
• Papel comum: de 2 a 4 semanas
• Cascas de bananas: 2 anos
• Latas: 10 anos
• Vidros: 4.000 anos
• Tecidos: de 100 a 400 anos
• Pontas de cigarros: de 10 a 20 anos
• Couro: 30 anos
• Embalagens de plástico: de 30 a 40 anos
• Cordas de náilon: de 30 a 40 anos
• Chicletes: 50 anos
• Latas de alumínio: de 80 a 100 anos

Com base nessas informações, visamos uma alternativa para uso de alguns desses materiais em fins construtivos. Tal prática não apenas recicla como também o torna útil. É um recurso para que as próprias pessoas possam construir suas moradias e assim, melhorar as condições sociais do local.

A casa de garrafa PET

Um exemplo seria a utilização das garrafas PET como sistema construtivo – casas. O material ganha utilidade (redução da poluição) e substituem os tijolos tradicionais, que podem prejudicar o meio ambiente, uma vez que exigem a retirada de recursos naturais.

Outro aspecto positivo desse tipo de construção é relacionado às instalações hidráulicas e elétricas: enquanto nas casas comuns as paredes precisam ser quebradas para as implantações, na construção de garrafa PET, as canalizações são embutidas antes da finalização.

Além desses benefícios técnicos e questões ambientais, a própria comunidade pode participar dos processos construtivos.

Para a construção, as garrafas Pet são utilizadas na produção dos blocos Isopet – blocos feitos em concreto leve com EPS (isopor), utilizando internamente garrafas plásticas inteiras, devidamente tampadas e posicionadas no sentido vertical ou horizontal. As peças possuem encaixes laterais que geram um inter-travamento, não sendo necessária o uso de argamassa para sua união. As principais vantagens do bloco Isopet são a redução nos custos da construção para habitações populares, a resistência, as boas condições termo-acústicas do material, leveza e fácil manuseio, além da contribuição com o meio ambiente.



























Outras alternativas

• Pneus: Com a utilização destes, podem ser feitos muros de arrimo ou até mesmo paredes. É também um excelente isolante acústico e térmico.













• Sacos de fibra: Pode ser completado com solo cimento para fazer muro de arrimo ou contenção.




• Papelão: Podem ser feitas paredes de vedação, paredes armadas com tela e cimento, telhados de papelão, se forem tratados com manta e resina.



• Calha de pet: Sendo cortada do mesmo jeito que a telha, pode ser utilizada como calha.



• Garrafas de vidro: Podem ser colocadas em paredes - para melhorar a iluminação - ou no piso.



Podemos criar várias utilidades para diversos materiais, depende da facilidade de se conseguir e da nossa imaginação.

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Débora Wernke | Priscila Tártari | Ranielen Rodrigues

2 comentários:

  1. Por gentileza, voces sabem me informar qual é a técnica que se usa para fazer piso de garrafas de vidro? Qual a massa que se utiliza no assentamento das garrafas?
    Obrigada

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